sábado, 5 de abril de 2014

Resenha: O Castelo das Águias


Obra escolhida para o Desafio Literário de Março   
Autor: Ana Lúcia Merege
Editora: Draco
Ano: 2012
páginas: 192




Anna de Byrke é a mais nova Mestra de Sagas da academia de magia de Vrindavahn. Recém-chegada (ela é nativa de um bosque), já se depara com uma discussão política envolvendo duas regiões distintas a respeito das águias guerreiras, animais mágicos que são usados em combate. Há um acordo entre alguns países sobre o uso desses animais em guerra e esse é muito respeitado, mas uma das nações está querendo mudar esse acordo.

Temos então uma disputa entre Vrindavahn, um país calmo e que alega que as águias não podem viver muito tempo longe de suas terras, pois nelas se encontra um lago cujas águas mantêm a essência mágica dos animais; e Scyllix, uma nação guerreira que deseja se apossar definitivamente das aves alegando que elas ajudam na defesa das fronteiras, pois essa nação é considerada a defesa principal do continente.

Para discutir a questão, o Conselho (representantes de várias classes e povos) convoca uma audiência para que todos exponham seus motivos e, por fim, possa haver uma resolução final para o caso. Anna então é convidada por Camdell, o mentor da academia, para junto de Kieran – mestre na magia de transformar as águias em aves guerreiras – defenderem a posição de Vrindavahn.


***

O livro é bem escrito, com uma história cativante  bem apresentada nas 191 páginas. Por ser um livro único, às vezes as coisas acontecem muito rápido, mas nada que atrapalhe a leitura, pois tudo é bem explicado. As personagens são bem apresentadas e detalhadas, com uma maior profundidade nos protagonistas. O vilão também não fica atrás, o elfo guerreiro/mago Hillias.

Sim, é um mundo com elfos e humanos, magia e guerras. Elfos e humanos convivem bem devido a um acordo feito a centenas de anos, que permitiu que nações élficas convivessem em terras humanas, para isso os elfos tiveram de abandonar sua nobreza e títulos (o que os deixou meio ressentidos).

Uma das coisas que mais gostei no livro foi que as pessoas não usam magia para tudo. Elas fazem as coisas normalmente e só usam a magia para incrementar as atividades diárias, até mesmo para abrilhantar peças teatrais. Os alunos da academia de magia aprendem a lutar, artes cênicas, poesia, ou seja, eles não são dependentes da magia (como vemos em muitos universos mágicos por aí, não que eu não goste, mas é bom variar). A própria Anna usa as palavras para conseguir as coisas e ela acredita ser essa sua magia. Já o mago Kieran usa espadas e vai para frente do campo de batalha.

A única coisa que me desapontou foi que o vilão fica óbvio demais desde o início, não tendo a surpresa “mas é ele... não acredito”. Em determinado ponto até pareceu que o vilão seria outro, mas foi uma impressão rápida.

Com relação à publicação em si, tem apenas alguns erros de digitação, por exemplo: ele spartiram (revisoooooorrrrrrrrr cadê você?), mas foram umas cinco vezes só.
Enfim, é um bom livro e entra para lista de bons livros nacionais, que o povo tem muito preconceito por aí. Eu costumo dar uma chance para eles.

Um comentário:

Ana disse...

Inacreditavelmente, eu ainda não tinha visto esta resenha... Muito obrigada pela leitura e pela apreciação! Espero que leiam e gostem também da continuação, A Ilha dos Ossos, e as convido a visitar o blog, onde tem muitos contos grátis, links para os e-books e posts sobre os personagens e o universo. Valeu mesmo!

Ah, e sobre o vilão: a ideia era ele ser óbvio mesmo, pois normalmente o mal vem exatamente de onde se espera. Mas entendo que isso decepcione alguns leitores e prometo melhorar no quesito suspense. :) Fico feliz por terem gostado do personagem!