por Evelin (Shamps)
Obra escolhida para o Desafio Literário de Março
Autor: Ana Lúcia Merege
Editora: Draco
Ano: 2012
páginas: 192
Anna de Byrke é a mais nova Mestra de Sagas da academia de
magia de Vrindavahn. Recém-chegada (ela é nativa de um bosque), já se depara com
uma discussão política envolvendo duas regiões distintas a respeito das águias
guerreiras, animais mágicos que são usados em combate. Há um acordo entre
alguns países sobre o uso desses animais em guerra e esse é muito respeitado,
mas uma das nações está querendo mudar esse acordo.
Temos então uma disputa entre Vrindavahn, um país calmo e
que alega que as águias não podem viver muito tempo longe de suas terras, pois
nelas se encontra um lago cujas águas mantêm a essência mágica dos animais; e
Scyllix, uma nação guerreira que deseja se apossar definitivamente das aves
alegando que elas ajudam na defesa das fronteiras, pois essa nação é considerada a
defesa principal do continente.
Para discutir a questão, o Conselho (representantes de
várias classes e povos) convoca uma audiência para que todos exponham seus
motivos e, por fim, possa haver uma resolução final para o caso. Anna então é
convidada por Camdell, o mentor da academia, para junto de Kieran – mestre na
magia de transformar as águias em aves guerreiras – defenderem a posição de
Vrindavahn.
***
O livro é bem escrito, com uma história cativante
bem apresentada nas 191 páginas. Por ser um livro único, às vezes as coisas
acontecem muito rápido, mas nada que atrapalhe a leitura, pois tudo é bem
explicado. As personagens são bem apresentadas e detalhadas, com uma maior
profundidade nos protagonistas. O vilão também não fica atrás, o elfo
guerreiro/mago Hillias.
Sim, é um mundo com elfos e humanos, magia e guerras. Elfos
e humanos convivem bem devido a um acordo feito a centenas de anos, que permitiu
que nações élficas convivessem em terras humanas, para isso os elfos tiveram de
abandonar sua nobreza e títulos (o que os deixou meio ressentidos).
Uma das coisas que mais gostei no livro foi que as pessoas
não usam magia para tudo. Elas fazem as coisas normalmente e só usam a magia
para incrementar as atividades diárias, até mesmo para abrilhantar peças
teatrais. Os alunos da academia de magia aprendem a lutar, artes cênicas,
poesia, ou seja, eles não são dependentes da magia (como vemos em muitos universos
mágicos por aí, não que eu não goste, mas é bom variar). A própria Anna usa as
palavras para conseguir as coisas e ela acredita ser essa sua magia. Já o mago
Kieran usa espadas e vai para frente do campo de batalha.
A única coisa que me desapontou foi que o vilão fica óbvio
demais desde o início, não tendo a surpresa “mas é ele... não acredito”. Em
determinado ponto até pareceu que o vilão seria outro, mas foi uma impressão
rápida.
Com relação à publicação em si, tem apenas alguns erros de
digitação, por exemplo: ele spartiram
(revisoooooorrrrrrrrr cadê você?), mas foram umas cinco vezes só.
Enfim, é um bom livro e entra para lista de bons livros
nacionais, que o povo tem muito preconceito por aí. Eu costumo dar uma chance
para eles.
Um comentário:
Inacreditavelmente, eu ainda não tinha visto esta resenha... Muito obrigada pela leitura e pela apreciação! Espero que leiam e gostem também da continuação, A Ilha dos Ossos, e as convido a visitar o blog, onde tem muitos contos grátis, links para os e-books e posts sobre os personagens e o universo. Valeu mesmo!
Ah, e sobre o vilão: a ideia era ele ser óbvio mesmo, pois normalmente o mal vem exatamente de onde se espera. Mas entendo que isso decepcione alguns leitores e prometo melhorar no quesito suspense. :) Fico feliz por terem gostado do personagem!
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