por Tati Batista
Obra escolhida para o Desafio Literário de Fevereiro
Autor: Dan Brown
Editora: Arqueiro
Ano: 2013
páginas: 443
ABANDONAI TODA A ESPERANÇA, VÓS QUE AQUI ENTRAIS
"As lembranças se materializaram lentamente,
como bolhas vindo à tona da escuridão de um poço sem fundo.
Uma mulher com o rosto coberto por um véu.
Robert Langdon olhava para ela do outro lado de
um rio cujas águas agitadas corriam vermelhas [...]"
* * * *
O famoso professor simbologista Robert Langdon,
acorda atordoado e sem memórias em um hospital. Além de despertar desorientado,
no meio da noite, uma dor excruciante em sua nuca demonstra que está ferido.
Com cuidado e metodicamente, começa a examinar o ambiente ao seu redor.
O quarto hospitalar possui apenas a sua cama. Sem
flores. Sem cartões. Notou a sua roupa ensanguentada em um canto.
Em um novo movimento lento encarou a janela,
vislumbrando o reflexo de um homem com os cabelos desgrenhados e aparência
cansada. Foi então que notou, com um súbito choque e um latejar na cabeça,
através da escuridão da janela, que reconheceu... o Palazzo Vecchio, em
Florença!
E todas as outras informações vieram como um
choque. Era madrugada de segunda feira, como chegou a Florença? O que aconteceu
com ele? E por que não se lembrava dos dois últimos dias?
Antes de obter todas as informações da jovem
médica Siena Brooks, um novo atentado contra a sua vida ocorre, obrigando
Langdon a fugir, contando apenas com a ajuda da bela médica que acabara de
conhecer...
* * * *
Ao começar a leitura dessa nova aventura do nosso
querido professor, não acreditei que mais uma vez Dan Brown conseguiria me
surpreender. Ledo engano, meus caros. Durante a leitura, fui transportada para
dentro das páginas e parecia caminhar lado a lado com Langdon e Sienna pelas
ruas de Florença...
Com o desenrolar da história, Brown apresenta
temas de suma importância à sociedade contemporânea mas que não nos é comum
refletir, como é o caso da superpopulação mundial. E é basicamente em cima
dessa "problemática" que toda a sua trama se desenvolve, desembocando
em um final inesperado (principalmente para os parâmetros do autor). Sem
mencionar que as referências constantes da obra dantesca, nos fazem mergulhar
mais profundamente na história e, em diversos trechos me peguei pesquisando as
obras citadas. Com o final do livro, a ansiedade para ler a Divina Comédia
ficou ainda maior.
Entretanto, de todas as leituras do Brown, apenas
um detalhe não me agrada, as tentativas de romances. Por que, sempre se trata de
mulheres jovens, dotadas da mais extraordinária beleza e inteligência? (Acho
que talvez seja uma das exigências de Tom Hanks...)
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