colaboração da leitora e membro do conselho Tathy Zimmermann
Fazendo uma retrospectiva dos
livros que li em 2013, sem incluir livros técnicos ou capítulos de livros que
precisei ler a trabalho, esta é a listagem de minhas leituras para diversão,
incluindo os que eram metas de leitura do nosso Clube do Livro do Skoob
Curitiba.
Os livros não estão na ordem em
que os li, sendo que alguns eu li ao mesmo tempo.
1 - A Guerra dos Tronos, George R
R Martin
2 - A Fúria dos Reis, George R R
Martin
3 - A Tormenta de Espadas, George
R R Martin
4 - O Festim dos Corvos, George R
R Martin
5 - A Dança dos Dragões, George R
R Martin
6 - O Último Reino, Bernard
Cornwell
7 - O Cavaleiro da Morte, Bernard
Cornwell
8 - Os Senhores do Norte, Bernard
Cornwell
9 - A Canção da Espada, Bernard
Cornwell
10 - Terra em Chamas, Bernard
Cornwell
11 - Morte dos Reis, Bernard
Cornwell
12 - O Condenado, Bernard
Cornwell
13 - Sangue para o Papa, HQ
Bórgias, de Alejandro Jodorowsky, Milo Manara
14 - O Poder e o Incesto, HQ
Bórgias, de Alejandro Jodorowsky, Milo Manara
15 - As Chamas da Fogueira, HQ
Bórgias, de Alejandro Jodorowsky, Milo Manara
16 - Tudo é Vaidade, HQ Bórgias,
de Alejandro Jodorowsky, Milo Manara
17 - A Incrível e Triste História
da Cândida Erêndira e Sua Avó Desalmada, Gabriel Garcia Marquez
18 - O concorrente, Stephen King, Richard Bachman
19 - As vantagens de ser
invisível, Stephen Chbosky
20 - Silêncio dos Inocentes,
Thomas Harris
21 - Entrevista com o vampiro,
Anne Rice
22 - Deixe ela entrar, John
Ajvide Lindqvist
23 - A menina que não sabia ler,
John Harding
24 - O velho e o mar, Ernest
Hemingway
25 - O grande Gatsby, Scott Fitzgerald
26 - Carrie, Stephen King
27 - Dr Jivago, Boris Pasternak
28 - O tao da física, Fritjof
Capra
29 - Barba ensopada de sangue,
Daniel Galera
30 - Cuco, Julia Crouch
21 - O paraíso dos
desafortunados, Amanda Hérnandez Marques
32 - Demian, Herman Hesse
33 - Sidarta, Herman Hesse
34 - Atlantis, David Gibbins
35 - O segredo do anel, Kathleen
Mcgowan
36 - Sepulcro, Kate Mosse
37 - Heresia, S. J. Parris
38 - O buraco na agulha, Ken
Follett
39 - Na toca do leão, Ken Follett
40 - Queda de Gigantes, Ken
Follett
41 - Contos de terror e mistéiro,
Edgar Allan Poe
42 - Histórias extraordinárias,
Edgar Allan Poe
43 - Cemitério de Praga, Umberto
Eco
44 - HQ A Revolução Russa, André
Diniz
45 - HQ A Revolução Francesa, André
Diniz
46 - HQ A Incinfidência Mineira,
André Diniz
47 - HQ A Primeira Guerra, André
Diniz
48 - Os sofrimentos do jovem
Werther, Johann Wolfgang Von Goethe
49 - Rei Arthur, Allan Massie
50 - Revolução dos Bichos, George
Orwell
Top 5 – Os melhores do ano
1 -
Queda de Gigantes, Ken Follett
Queda de gigantes é o primeiro livro da trilogia O Século de Ken Follett e como
os demais livros do autor, envolve uma minuciosa pesquisa histórica, detalhes
riquíssimos e um preciosismo brilhante. O livro narra a trajetória de cinco
famílias, em países distintos, durante os anos que antecedem a Primeira Guerra
Mundial e a Revolução Russa, durante e logo após esses episódios. Os
personagens fictícios se esbarram, se conhecem e passam por fatos históricos e
personagens reais, vendo suas vidas serem afetadas pelos acontecimentos:
A
família Williams, moradores de uma cidadezinha de mineradores na Gália,
Inglaterra; Gus Dewar, um norte-americano que se envolve diretamente com os
acontecimentos internacionais; Os irmãos russos Peshkov, que embarcam em
caminhos totalmente opostos, um deles imigrando para os Estados Unidos enquanto
outro acaba tendo uma atuação na guerra e na Revolução Russa; Os Von Ulrich,
alemães que são arrastados para uma guerra devido à honra de sua nação, aliada
do Império Austro-Húngaro; e, os irmãos Fitzherberts, aristocráticos ingleses,
que vivem um dilema: enquanto o chefe da família mantém a tradição, a jovem
Maud luta pelos direitos femininos de voto e trabalho.
O
autor nos carrega dos salões luxuosos até os perigos das minas de carvão, das
intrigas dos corredores do poder até as trincheiras da guerra. Com personagens
densos e ricos, Queda de Gigantes é uma leitura deliciosa, as 5 famílias e seus
descendentes continuam na sequência O inverno do Mundo, que estou ansiosa por
ler.
2 - Sepulcro, Kate Mosse
Sepulcro
é o segundo livro da trilogia Languedoc, de Kate Mosse e devo fazer um pequeno
parênteses - sim, adoro séries, trilogias ou histórias que se complementam!
Embora
seja uma trilogia, a história de Sepulcro não é uma continuação do Labirinto,
primeiro livro da série, embora ocorram nos mesmos locais e acabem tendo
relação entre si. Assim como no Labirinto, no Sepulcro ocorrem duas histórias
paralelas, separadas no tempo: No final do século 19 temos as aventuras dos
irmãos Léonie e Anatole Vernier enquanto no ano de 2007 a jovem Meredith Martin
se vê envolvida nos mesmos perigos que envolveram Léonie e um misterioso
baralho de tarô. O livro é envolvente, delicioso, repleto de mistérios que
cercam um grande tesouro, que além de outras coisas trazem serenidade e o
crescimento pessoal. É um dos meus livros favoritos para a vida toda, e coloco
no mesmo baú de preciosidades o Labirinto, da própria Kate Mosse e o Segredo do
Anel, que é o terceiro livro dessa lista de melhores do ano.
3 - O segredo do anel, Kathleen Mcgowan
Esse
livro caiu em minhas mãos de forma totalmente inusitada: minha mãe o leu e
achou que a história tinha tudo a ver comigo ...e ela estava totalmente certa!
Eu já havia lido o Labirinto e o Sepulcro de Kate Mosse e estava apaixonada por
essas duas histórias e me vi apaixonada pelo Segredo também. A narrativa se
passa nos mesmos locais dos livros de Mosse, o Languedoc, no sul da França
(região que tenho loucura para conhecer desde que li os 15 volumes de Angélica,
de Anne e Serge Golon).
O
Segredo do Anel conta as aventuras da jovem Maureen Paschal, uma escritora
investigativa que viaja pelo mundo em busca de embasamento para seus livros.
Maureen é totalmente cética, embora seu melhor amigo, confidente, primo e irmão
de criação, Peter Healy, seja um padre católico.
Em uma
de suas excursões, em Jerusalém, Maureen tem estranhas visões e se sente
estranhamente atraída por um anel em um antiquário da cidade. Pouco tempo
depois, no Languedoc, o nobre escocês Berenger Sinclair surpreende-se ao ver o
livro de Maureen, com a foto da autora exibindo o anel comprado em Jerusalém,
isso o motiva a convidar a moça para uma temporada no sul da França, viagem que
vai envolver Maureen em uma perigosa aventura, repleta de mistérios, suspense e
romance, além de levá-la a desvendar o passado enigmático de sua família.
Foi um
livro revelador para mim, tanto como historiadora quanto como mulher. É uma
leitura que recomendo, por ser instigante, bem escrito, bem pesquisado e
surpreendente.
4 – Crônicas de Gelo e Fogo, George R R
Martin
Comecei
o ano de 2013 lendo o primeiro volume da saga escrita por Martin, A Guerra dos
Tronos, e me empolguei de tal maneira que não consegui parar de ler, comprei o
próximo antes mesmo de acabar o anterior, só para não correr o risco de
terminar um volume sem poder começar o seguinte. Esses livros também estão no
rol de favoritos para a vida toda, embora deva confessar que estou
decepcionada, triste e, porque não dizer, tremendamente descontente pela demora
em sair o próximo volume. Acredito que todos os fãs do Crônicas fazem eco às
minhas frustrações nesse sentido.
Tirando
esse fato, os livros são densos, bem elaborados, os personagens são ricos, os
locais são fabulosos. O autor criou um mundo totalmente diverso, cheio de
religiosidade própria, culturas únicas, idiomas e povos. Devo dizer que Martin
não tem a genialidade de um Tolkien, mas está bem perto!
Quanto
a uma sinopse desses 5 volumes, acredito que existam tantas já escritas, há até
uma série de televisão sobre essa história, que eu ocuparia muito espaço para
escrevê-la.
5 - Heresia, S. J. Parris
Giordano Bruno foi um monge,
filósofo, teólogo, estudioso de magia e cientista italiano, condenado pela
Inquisição por defender as teorias heliocêntricas. Foi uma surpresa encontrar
esse romance histórico baseado nos anos que ele se refugiou na Inglaterra para
fugir da perseguição católica.
No final do século 16, a
Inglaterra vivia o reinado de Elisabeth, período conturbado da consolidação da
Igreja Anglicana. Católicos são perseguidos, mas atuam nos bastidores para
derrubar a rainha protestante. Muitos a consideram uma governante ilegítima e
as tramas políticas estão em toda parte. Em meio a esses conflitos religiosos e
políticos, Giordano Bruno é recrutado pelo chefe do serviço de espionagem real
e enviado a Oxford. Para todos os efeitos, ele está na universidade para
defender as teorias de Copérnico em um debate, mas extra oficialmente, em
sigilo, deve se infiltrar na rede clandestina dos católicos e descobrir o que
puder sobre um complô para derrubar a rainha. Bruno se vê envolvido numa
sinistra perseguição. Alguém parece estar determinado a executar uma
sofisticada vingança em nome da religião. Mas, afinal, de qual religião?
Envolvido em uma rede de intrigas
e traição, o filósofo percebe que às vezes nem mesmo os mais sábios conseguem
discernir a verdade da heresia e alguns estão dispostos a matar para defender
suas crenças. Assim, mesmo distante do cetro católico, sua vida corre perigo,
no lugar que ele julgava seguro de perseguições religiosas. A história é
envolvente, escrita de forma gostosa e de fácil leitura, indico para quem
quiser.
Os 5 menos – Os piores do ano
1 - Cuco, Julia Crouch
Em
minha opinião, esse livro foi o pior de todos. Dos livros lidos em 2013 é o
pior, incontestavelmente, mas eu o incluo na lista de piores livros lidos na
vida. Eu escrevi a resenha desse livro para esse blog, então não vou me alongar
sobre ele, mas a autora tinha um rico material nas mãos e não soube o que fazer
com isso.
2 - HQ Bórgias, de Alejandro Jodorowsky e
Milo Manara
Série
de 4 volumes, sobre a trajetória política do Papa Alexandre VI e sua família,
os Bórgias. Decepcionante, é a palavra que encontro para definir a série. Os
desenhos são belíssimos, a pesquisa dos cenários foi muito bem feita, mas a
história deixa a desejar. O roteirista ficou tão fascinado com as orgias que
foram realizadas durante o pontificado de Alexandre que só retratou isso, de
uma forma extremamente vulgar, cheio de juízos de valor, deixando de lado
totalmente uma pesquisa histórica séria, tomando como base apenas o senso
comum. Para quem gosta de desenhar, é uma boa referência, mas como leitura é
desagradável.
3 - Rei Arthur, Allan Massie
Particularmente
eu gostei desse livro, mas ele está no rol dos piores do ano por ter sido o que
mais demorei a ler, enquanto o lia, comecei e terminei vários outros.
O
livro é uma reprodução e atualização da narrativa do sábio medieval, Michael
Scott, escrita para seu aluno Frederico II de Hohenstaufen (1114 - 1250),
imperador do Sacro Império Romano. Além de contar a história, Scott se permite
digressões sobre a veracidade do que é dito por poetas e ataques a outros
historiadores. Massie nos entrega, além da saga de Artur, um instantâneo da
mente medieval. O conhecimento do autor sobre o período é o grande ponto forte
do livro. Entretanto é uma leitura cansativa, mesmo para os acostumados com
fontes históricas. Eu gostei do livro,
mas dentre todos os que li, esse fica como indicação para aqueles que estão
habituados aos textos historiográficos e aos textos medievais.
4 – O Velho e o Mar, Ernest M Hemingway
Hemingway
ganhou o Prêmio Nobel da Literatura em 1954 devido a esse livro, que é um
grande clássico, porém eu diria que não foi um dos melhores do ano.
É uma
história triste, melancólica, que faz pensar nas agruras da vida e traz o
sentimento de que não importa o quanto você lute para pescar seu grande peixe,
sempre haverá tubarões para o roubarem. A história, de um velho pescador, que
convive com a solidão do alto-mar, com seus sonhos e pensamentos, sua luta pela
sobrevivência e sua inabalável confiança na vida, pode ser uma grande metáfora
para a desilusão que Hemingway sentia perante a vida e a humanidade. Lembremos
que o autor cometeu suicídio, tamanha era sua depressão.
5 – Os sofrimentos do jovem Werther, Johann
Wolfgang Von Goethe
Esse é
outro livro que está na listagem dos piores não por ter desgostado dele, mas
por ter detestado sobremaneira do personagem principal, o jovem e chato
Werther!
Goethe
é maravilhoso, não apenas por ser um clássico, há muitos autores considerados
clássicos que são chatíssimos. Mas Goethe consegue retratar com maestria o
íntimo do ser humano, sua genialidade é tamanha que conseguiu fazer com que eu
odiasse o Werther quase como se o conhecesse de fato.
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